Segundo Ronisson Baccon, que trabalha no segmento de festas e eventos e possui caminhões-baú para o transporte de seu material, ele já passou por várias situações perigosas por laçar cabos instalados fora de padrão pelas ruas da cidade

Marcília Estefani

Um empresário ourinhense procurou o Jornal Negocião para registrar seu descontentamento em relação a fios elétricos e cabos telefônicos mantidos nas ruas da cidade fora da altura padrão estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que é de 4,40m.

Segundo Ronisson Baccon, que trabalha no segmento de festas e eventos e possui caminhões-baú para o transporte de seu material, ele já passou por várias situações perigosas por laçar cabos instalados fora de padrão pelas ruas da cidade.

Caminhão “laça” cabo que está em altura fora do padrão, segundo empresário

Porém, nos últimos dias, o problema está muito mais próximo: na rua de seu barracão comercial, R. Emílio Roli, onde entra e sai com os caminhões de sua empresa constantemente.

“Já cheguei a derrubar muro, já arrebentei fio que laçou motociclista, já tive que arcar com vários prejuízos causados por esse tipo de problema. Agora tá na minha porta, na minha rua, já reclamei, o pessoal veio aqui ficou horas arrumando, mas precisa colocar esses cabos mais alto, meu caminhão tem 4,20m, é padrão, se ele laça os cabos, é porque tá fora do padrão.”

Para provedor de internet na cidade, falta fiscalização

Segundo relatos de moradores, os funcionários dos provedores de internet deixam os fios frouxos, ignorando o fato de que estão expondo tanto os motoristas quando à população em geral em perigo.

FALTA DE FISCALIZAÇÃO – O Jornal Negocião consultou um provedor de internet em Ourinhos e o mesmo informou que a agência que regulamenta a instalação de fios, cabeamentos de internet e tv, através de diversas leis, é a ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações, e que cabe à Companhia de Energia fiscalizar toda a sua rede, arrumando e notificando as operadoras caso encontre irregularidades como de cabos com altura fora de padrão.

Para o profissional, falta fiscalização nas cidades. Ele conta que o problema é muito grande, que existe um comitê nacional de resolução para estas questões e ressalta ainda a grande quantidade de cabos antigos abandonados nos postes, principalmente dos telefones fixos, que foram cancelados, mas não foram retirados pelas operadoras e estão há anos nos postes.

CPFL – A distribuidora de energia explica que conforme determinação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), os postes são de propriedade das concessionárias de energia que são utilizados para a distribuição de energia. A agência reguladora permite também que essas empresas façam uso das estruturas para outros serviços, como o compartilhamento com cabos de empresas de telecomunicação.

Para isso são realizados contratos de compartilhamento entre as empresas, onde são determinadas as normas técnicas e de segurança que devem ser seguidas ao realizar a instalação dos cabos de telecomunicação.

De acordo com a CPFL, a organização dos cabos de telecomunicação deve seguir as seguintes normas:

– A distância mínima da fiação de cabos de telecomunicação em relação ao solo para entradas de acessos a veículos leves é 4,5 metros; locais com circulação de máquinas agrícolas a distância mínima é de 6 metros; ruas e avenidas é de 5 metros; rodovias é de 7 metros; e locais com acesso somente de pedestres a distância mínima é de 3 metros.

– Faixa de ocupação destinada aos fios de telecomunicação: 60 cm

– Distância entre os cabos de telecomunicação: 5 cm

A empresa esclarece ainda que as distribuidoras de energia realizam a fiscalização de suas estruturas e, se identificadas irregularidades na ocupação de fios de telecomunicação, as empresas responsáveis são notificadas para realizarem o ordenamento dos cabos. Caso seja confirmada a clandestinidade dos cabos, ou seja, a inexistência de contratos entre a distribuidora e a empresa de telecomunicação, a proprietária do poste pode efetuar a remoção dos cabos e equipamentos.

A distribuidora de energia explica que conforme determinação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), os postes são de propriedade das concessionárias de energia que são utilizados para a distribuição de energia

Fonte: Jornal Negocião